Eu...

Com muita luta

Em diversos lugares do mundo

Muitas conquistas já tivemos.

Direito ao voto,

Documentos próprios,

Emprego,

Um pouco de voz,

E tantos outros.

 

Mas o capitalismo

É tão cruel

Que “nos delega”

Ser responsáveis

Por tarefas consideradas inferiores

E assim também nos inferioriza.

 

Só que na verdade

Essas tarefas são essenciais

São as que mantêm a vida.

Bem sei que esta luta é diária

Não podemos arredar o pé

Nunca.

 

Porque senão

Aquilo que já somos...

Deixamos de ser.

 

NÃO QUEREMOS

COMO MULHERES

A COMPETIÇÃO

 

Mas o poder machista, capitalista e patriarcal

Do qual o capital apropriou-se através dos homens

Nos mata um pouco a cada dia.

 

Se compararmos às plantas

É fazer diariamente um pouco

Não se sentir inferior nunca.

Dividir todo o trabalho

Educar a nova geração

E pisar com passo firme, dizendo:

Queremos, podemos, e vamos fazer!

Juntas e juntos construiremos uma sociedade diferente.

 

Poema composto pelas educadoras da Escola Municipal do Campo Contestado – Lapa – Paraná.

Seminário: 24 a 26 de novembro de 2016.

© Vozes Sem Terra II